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Semear constelações

Orientação de Mariana Souza

Rebecca Rodrigues

 

 

 

O Destino da Semente da terra

É criar raízes entre as estrelas.

(Octavia E. Butler)

Brotar, entre suas formas de significado, é quando sementes em suas potências vitais e maduras, germinam, lançam de si raízes em direção ao mundo, despontando à uma possibilidade de terra através da água, no anseio de fortalecer suas raízes. Para que aconteça um meio favorável para tal processo da natureza, é necessário um estado de imersão na água, um hidratar que as vislumbre possibilidade de crescer e existir.

O Coletivo Ficcionalizar fomenta este cultivo à juventude dos Quilombos da Quixabeira, Feijão e Pedra do Amolar, no município de Mirandiba -PE. Na oficina de cinema realizada em 2019 às comunidades, o coletivo não apenas transfere o foco aos jovens, mas transmite o conhecimento cinematográfico para que todes assumam a concepção dos processos, explorando por meio da prática as potências ficcionais do audiovisual.

Semear a experiência de poder conceber na frente e por trás das câmeras da narrativa cinematográfica, concebe protagonistas superpoderoses que mudam o mundo em que vivem, acontecendo no país que não existe. Um dos movimentos mais singulares, que acredito pulverizar a ação espetacular do filme, está em uma das cenas iniciais em que cada performer ao brotar da terra dá origem à continuação de seus pares, como força coletiva que se materializa para consagrar a mudança em lugares distintos, semeando assim, raízes se conectam, como uma constelação. Multiplica a beleza de nascer do chão depois de um dançar de pedras que brotam sóis, flores e gente, uma animação que permite aparecer e desaparecer, surgir para inferir no mundo cores, a tomada da bola, o encanto do passinho das braba.

A cena em sala de aula restitui o aprendizado ao resgatar o título do filme, reiterando que estar vivo é também aprender vingar a existência, para assim redistribuir a bola e reverter o jogo da exclusão, dançando, com isso, seus protagonismos.

Estamos vivosnos convoca a perceber a potência que uma oficina de cinema pode provocar enquanto formação de imaginário e de disputa fabulativa, e o impacto que a produção do mesmo promove e altera nos lugares em que se constrói e circulam na sociedade. Cultivar é também saber o que da terra provém e o que dela necessita.

Brotar, entre suas formas de significado, é quando sementes em suas potências vitais e maduras, germinam, lançam de si raízes em direção ao mundo, despontando à uma possibilidade de terra através da água, no anseio de fortalecer suas raízes. Para que aconteça um meio favorável para tal processo da natureza, é necessário um estado de imersão na água, um hidratar que as vislumbre possibilidade de crescer e existir.

O Coletivo Ficcionalizar fomenta este cultivo à juventude dos Quilombos da Quixabeira, Feijão e Pedra do Amolar, no município de Mirandiba -PE. Na oficina de cinema realizada em 2019 às comunidades, o coletivo não apenas transfere o foco aos jovens, mas transmite o conhecimento cinematográfico para que todes assumam a concepção dos processos, explorando por meio da prática as potências ficcionais do audiovisual.

Semear a experiência de poder conceber na frente e por trás das câmeras da narrativa cinematográfica, concebe protagonistas superpoderoses que mudam o mundo em que vivem, acontecendo no país que não existe. Um dos movimentos mais singulares, que acredito pulverizar a ação espetacular do filme, está em uma das cenas iniciais em que cada performer ao brotar da terra dá origem à continuação de seus pares, como força coletiva que se materializa para consagrar a mudança em lugares distintos, semeando assim, raízes se conectam, como uma constelação. Multiplica a beleza de nascer do chão depois de um dançar de pedras que brotam sóis, flores e gente, uma animação que permite aparecer e desaparecer, surgir para inferir no mundo cores, a tomada da bola, o encanto do passinho das braba.

A cena em sala de aula restitui o aprendizado ao resgatar o título do filme, reiterando que estar vivo é também aprender vingar a existência, para assim redistribuir a bola e reverter o jogo da exclusão, dançando, com isso, seus protagonismos.

Estamos vivos nos convoca a perceber a potência que uma oficina de cinema pode provocar enquanto formação de imaginário e de disputa fabulativa, e o impacto que a produção do mesmo promove e altera nos lugares em que se constrói e circulam na sociedade. Cultivar é também saber o que da terra provém e o que dela necessita.

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