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Em sessões que buscam extinguir as fronteiras entre as linguagens artísticas e os
limites geográficos, a Mostra Absurda – Ano III abraça mais uma vez a produção ousada defilmes de ficção e documentário que propõem por outres ontologias de mundo, além de
abarcar obras de videodança, videoinstalações e filmes experimentais de diversos locais da América-Latina.


O mote da mostra esse ano se intitula "Prelúdios do alvorecer". Em meio a uma
curadoria que buscou por obras que investigam gramáticas estéticas e visuais fora da curva do realismo clássico, a escolha dos filmes pendeu para o encontro ou o desejo do encontro pelo caminho dos nós desatados. Apesar das sombras e o pesadelo ainda permearem o imaginário e o cotidiano de muitos, essa leva de trabalhos parece conseguir tomar um fôlego mais esperançoso nas margens do rio.


A programação deste ano conta com 4 longas-metragens, além de 29 curtas e
médias-metragens
, e acontece entre os dias 29 de fevereiro e 3 de março no Parque das Graças e no Cinema do Museu – Fundaj. Dentre os filmes nacionais que fazem parte da curadoria está o longa-metragem Três Tigres Tristes, do diretor paulista Gustavo Vinagre, vencedor do Teddy Award da Berlinale. A obra é permeada por situações tragicômicas e fantásticas e acompanha a rotina de 3 jovens paulistas angustiados pela pandemia da Covid-19. Já Agora, de Déa Ferraz, que recebeu menção honrosa no Olhar de Cinema de Curitiba em 2020, convida artistas ao improviso para expurgar medos. O filme O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon, que teve sua estreia no Festival de Cinema de Berlim em 2023, acompanha personagens que buscam por vestígios do passado no Aeroporto de Guarulhos, antigo território indígena. Em Uyra – a Retomada da Floresta, de Juliana Curi, que recebeu Melhor Documentário pelo Júri Popular no Frameline International LGBTQ+ Film Festival em São Francisco, uma artista trans indígena viaja pela floresta amazônica em uma jornada de autodescoberta.


Entre os curtas e médias nacionais estão o goiano Pirenopolynda, dirigido por Tita
Maravilha, Izzi Vitório e Bruno Victor, exibido no Doclisboa. No curta, Tita maravilha
rememora a festa do Divino de Pirenónopolis, sua cidade natal, em busca de um viés
decolonial. A mostra também traz o cearense Panteras, dirigido por Breno Baptista. Exibido no Queerlisboa, a obra trata sobre cura e maldição em complexas relações afetivas entre amigas.


Na seleção dos curtas-metragens de Recife a diversidade de linguagens também é
uma marca da curadoria. A seleção possui filmes de animação, documentários, ficções,
videoinstalações e filmes experimentais. Alguns destaques entre os filmes da cidade são

obras como Onde está Mymme Mastroiagne? de biarritzzz selecionado para a Mostra Foco da 27a Mostra de Cinema de Tiradentes. O filme narra a história de uma misteriosa
cabeleireira que perde uma amiga no metaverso. A curadoria também apresenta a estreia de Quando você vem me visitar de Henrique Arruda (diretor de Os Últimos Românticos) que em sua estética deslumbrante expõe o desejo em enfrentar o medo de frente.


A mostra ainda conta com trabalhos de artistas visuais indígenas como Olinda Tupinambá, uma das mulheres selecionadas para compor o pavilhão brasileiro na Bienal de Artes Veneza em 2024. Em sua obra, Ibirapema, uma indígena Tupinambá se transmuta e
percorre o espaço e o tempo. Já a artista mapuche Paula Baeza Pailamilla, artista
convidada da 11a Biennale de Berlin, assina a direção de Wufko. No curta, Paula narra o
sonho de Gabriela que transparece sua intensa conexão com o território. A programação
também contempla o trabalho da artista colombiana-americana Carolina Caycedo que já
teve obras expostas no MoMA – Museu de Arte Moderna de Nova Iorque e o Tate Modern
em Londres. A artista traz em Apariciones a dança de corpos racializados em movimentos
de rituais de Oxum para ocupar lugares do poder tradicionais de Los Angeles. O artista
indígena pernambucano Kadu Tapuya também compõe a programação e no trabalho
Timbira ele trata das peculiaridades acerca de seu corpo-território.


A Mostra Absurda ainda conta com dois filmes argentinos produzidos em Buenos
Aires: Diario de confesiones íntimas y oficiales, de Marilina Giménez, em que a diretora
explora a descoberta da sexualidade sapatão através de imagens de arquivo do final da
década de 80. Já em A Pedra Mágica, de Paula Herrera Vivas, a narrativa fala da
cosmovisão mapuche sob o olhar de uma criança que canta a melodia das encruzilhadas.

 

O cubano Soberane, produzido com apoio da EICTV, a Escola Internacional de Cinema e
Televisão de Cuba, é dirigido pela diretora, de origem warao, Wara e foi exibido no Festival
de Cinema de Locarno. Em Soberane, uma imigrante brasileira sente pertencer a mais de
um lugar.

 

A programação traz além dos longas-metragens 6 sessões temáticas que mesclam
as obras de Recife com os demais filmes que compõem a curadoria, são elas: Aparições
magnéticas, Túneis luminosos, Memória cintilante e lampejos de cura, Sagrado onírico,
Mistério e encantaria e Vestígios do desvelamento. A mostra ainda conta com duas oficinas, uma de Crítica de cinema ministrada por Mariana Souza e uma de Direção de arte facilitada por Lia Letícia.


O projeto tem o patrocínio do Sistema de Incentivo à Cultura da Prefeitura da Cidade
do Recife e a realização é da Mar Menina Produções, da produtora Clarissa Dutra. A mostra
ainda conta com os apoios da distribuidora Olhar e o Cinema da Fundação Joaquim
Nabuco. Quem assina a curadoria geral e a criação da Mostra Absurda é Manuela Andrade,
já a curadoria dos filmes de Recife foi assinada por Bia Pankararu e Kalor Pacheco
.

FICHA TÉCNICA


 

Manuela Andrade - CURADORA/ DIRETORA ARTÍSTICA

Bia Pankararu - CURADORA DOS FILMES RECIFENSES

Kalor Pacheco - CURADORA DOS FILMES RECIFENSES

Clarissa Dutra - PRODUTORA

Beca Karolinne - ASSISTENTE DE PRODUÇÃO

Mariana Souza - OFICINEIRA (OFICINA DE CRÍTICA)

Lia Letícia -  - OFICINEIRA (OFICINA DE DIREÇÃO DE ARTE)

Felipe André Silva - JÚRI

Thayna Almeida - JÚRI

Carol Almeida - MEDIADORA

ID LIBRA - DJ/PRODUTORA MUSICAL

Lux Farr - IDENTIDADE VISUAL

Aussuba - ARTE

 

Clarissa Azevedo - VINHETA
 

CONTATOS

 

+55 (81) 9 9990-0177

+55 (81) 9 9922-1113

mostraabsurda@gmail.com

 

         www.instagram.com/mostraabsurda

 

fevereiro e março de 2024

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